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5 anos agoon
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Thiago UchôaBoatos e falsas teorias da conspiração envolvendo o coronavírus e a tecnologia 5G têm feito torres responsáveis por transmissão de dados serem incendiadas no Reino Unido.
Os casos foram relatados pela BBC ao menos nas cidades de Birmingham, Liverpool e Melling. Segundo a emissora, um vídeo tem sido compartilhado no Facebook e YouTube ligando a tecnologia móvel à doença Covid-19.
Policiais e bombeiros foram chamados para cuidar dos incêndios em torres de comunicação. Eles afirmam que o caso está sob investigação das autoridades.
Um vídeo no YouTube, que a BBC diz ter verificado a autenticidade, mostra um dos supostos incêndios contra torres, mas não está claro se era um transmissor 5G. Na internet, vídeos mostram pessoas assediando trabalhadores da indústria de telecomunicações contra a instalação de equipamentos 5G em ruas britânicas.
Não é a primeira vez que o 5G é alvo de teorias conspiratórias. Notícias falsas do tipo chegaram a ser usadas até por políticos brasileiros para tentar proibir o 5G no Brasil.
Teoria é "falsa e perigosa"
Quando perguntado por um repórter sobre a chamada "teoria" de que os mastros de telecomunicações 5G poderiam desempenhar um papel na propagação da doença, o ministro do gabinete britânico, Michael Gove, disse: "Isso é apenas um absurdo, um absurdo perigoso também". O diretor médico do centro nacional de saúde inglês, Stephen Powis, disse que a ideia da conspiração 5G é uma notícia falsa e sem respaldo científico que arrisca prejudicar a resposta de emergência ao surto. "A história do 5G é uma besteira completa e absurda, é o pior tipo de notícia falsa", declarou Powis. "A realidade é que as redes de telefonia móvel são absolutamente críticas para todos nós".
"Essas também são as redes telefônicas usadas por nossos serviços de emergência e nossos profissionais de saúde, e estou absolutamente indignado, absolutamente enojado que as pessoas estejam agindo contra a própria infraestrutura de que precisamos para responder a essa emergência", disse Powis.
Com informações da Reuters/UOL
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